Um estudo recente revelou que dirigir chapado faz com que os motoristas permaneçam na faixa de velocidade mais baixa durante a condução, em comparação aos que estavam sóbrios.
Esse levantamento publicado no Journal of Cannabis Research é pioneiro ao focar nos efeitos dos comestíveis em vez da cannabis inalada. As diferenças de absorção e efeitos entre as duas formas de consumo são cruciais.
A cannabis fumada atua rapidamente, enquanto os comestíveis demoram mais para fazer efeito e podem apresentar ações distintas devido ao metabolismo diferenciado. Os comestíveis de cannabis em muitos casos são usados por pacientes que sofrem com dores crônicas.
O estudo acompanhou motoristas em condições controladas, monitorando seu comportamento ao volante após consumirem doses específicas de THC.
Surpreendentemente, não encontraram diferenças significativas em medidas de capacidade de dirigir entre os grupos sob efeito de THC e os controles sóbrios.
Além disso, não houve correlação direta entre os níveis do composto da cannabis no sangue dos motoristas e qualquer comprometimento na habilidade de dirigir.
Os riscos de dirigir chapado
A incidência foi tão reduzida que os pesquisadores não conseguiram avaliar adequadamente esse fator na análise final.
Esses resultados desafiam percepções comuns sobre os riscos associados ao consumo de THC e direção, especialmente em um contexto de debate crescente sobre a legalização da maconha em várias partes do mundo.
Outros estudos sugerem que o uso contínuo de cannabis, principalmente na forma fumada, pode comprometer a cognição, influenciando a maneira como as pessoas conduzem seus veículos.
Portanto, a segurança do consumo da planta e seus impactos na segurança viária e na sociedade como um todo necessitam de mais estudos.
Recentemente mais um estudo chegou a resultados parecidos, afirmando que fumar maconha e dirigir não aumenta o risco de acidentes.