O legalizado mercado da maconha cresce rapidamente nos Estados Unidos, movimentando cerca de US$ 30 bilhões anualmente, conforme dados da empresa Marijuana Business Daily.

Esse valor já supera os mercados de cerveja e chocolate, destacando-se como um dos setores em maior expansão.

A pesquisa aponta que o consumo de cannabis também ultrapassa produtos de “bem-estar”, como medicamentos opioides e analgésicos, demonstrando uma mudança nos hábitos dos consumidores.

Embora a venda de cannabis esteja em alta, ainda fica atrás da indústria do tabaco, que faturou US$ 53 bilhões no mesmo período. No entanto, o cenário pode mudar nos próximos anos, já que as vendas de cigarros têm caído.

Projeções indicam que o mercado de cannabis pode alcançar US$ 57 bilhões até 2028, se mantidas as tendências atuais.

Além do uso recreativo e medicinal, o consumo de cannabis expandiu-se para outros produtos, como doces, bebidas e resinas, alimentando o crescimento do mercado.

No Canadá a legalização da maconha também causou queda na venda de cerveja.

Mercado da maconha cresce e empresas fazem apostas

Empresas que apostaram fortemente na legalização da cannabis, agora diversificam suas operações, investindo no mercado de bebidas alcoólicas para garantir sua sobrevivência em um cenário regulatório incerto.

A tão aguardada flexibilização das leis de cannabis nos Estados Unidos, que reclassificaria a droga, ainda está distante de se concretizar.

Essa incerteza afeta o fluxo de caixa das empresas do setor, levando muitas a buscar alternativas, como a venda de cânhamo, que, ao contrário da cannabis, pode ser comercializado legalmente em todo o país.

Enquanto o mercado aguarda mudanças, empresas acreditam que o reescalonamento da cannabis trará benefícios, incluindo o fim de impostos e melhor acesso financeiro.

Essa mudança pode proporcionar um fluxo de caixa adicional de até US$ 80 milhões por ano, facilitando a operação das empresas como negócios tradicionais.

Apesar das dificuldades, o otimismo no setor é grande.

Analistas preveem um renascimento do mercado de cannabis, com retornos significativos para os investidores, à medida que as empresas diversificam suas operações e aguardam a flexibilização das regras.