A Lei do Duende e as regras mais importantes das 4h20

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A Lei do Duende é a principal regra de um ritual muito importante dentro do universo maconheiro. Mas também significa um grande avanço civilizacional, mostrando que mesmo o uso de uma planta ilegal pode conter regras.

E nós falamos regras, pois não se trata de uma só.

Apesar de a Lei do Duende ser prevista na constituição

existem outras duas leis que são essenciais para que o seu ritual das 4 e 20 não saia de controle.

Lei do Duende, quem bola acende

Se você já se deparou com essa frase e ficou meio sem entender, é bem simples.

De acordo com uma premissa mística de que um Duende pode definir regras para o bom convívio entre maconheiros, fica estabelecido que a pessoa que enrolou o cigarro de maconha é também o responsável por acender, colocar fogo. Quando a lei não é seguida os duendes podem aparecer para levar embora o seu beck ou isqueiro.

Por muitas vezes essa regra pode ser vista como uma oportunidade para tirar vantagem em relação aos amigos ao redor, mas a intenção real não está aí.

A Lei do Duende mede a capacidade.

Ao assumir a responsabilidade de bolar o beck, o indivíduo precisa provar que o resultado está funcional.

O que nos leva a próxima regra:

Lei do Duende quem bola acende regras da maconha

O importante é carburar

Uma roda de maconheiros só é uma roda quando alguém compartilha um cigarrinho com o colega ao lado.

Para que isso aconteça sem problemas, ele precisa ser carburável.

Isso é, o beck recém bolado precisa corresponder adequadamente às leis da física e termo dinâmica.

Portanto o padrão do baseado deve seguir o mínimo aceitável, pra que ele resista sem desmanchar ou entupir, enquanto passar de mão em mão.

O que nos lembra da terceira e última regra de um ritual 420:

Dois pega e passa

Independente do número de pessoas em uma roda, essa é uma regra padrão que se estende por todo o território brasileiro.

Se apropriar do baseado costuma causar desconforto em terceiros.

Assim o “dois peguinha e passa”, seria uma das regras mais relevantes da etiqueta canábica moderna.

Pois exibe um respeito ao equilíbrio no consumo de todos os envolvidos.

Estas leis sobreviveram gerações

As regras que descrevemos neste artigo representam o resumo do convívio dos usuários dessa planta no Brasil.

Uma etiqueta que passou de geração em geração, captando as únicas formas possíveis de aproveitar os efeitos da cannabis sem chamar muita atenção.

Certamente, países que não atravessaram uma guerra às drogas tão intensa, olham para o ritual canábico de outra forma.

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