Simplesmente não existem evidências concretas de que a legalização da maconha no Uruguai aumentou a violência.
E se esse for o motivo, existe um ponto muito importante a considerar.
A regulamentação feita no país deve, a longo prazo reduzir a violência associada ao crime organizado, já que parte do dinheiro arrecadado por este mercado passa a ficar sob posse regulatória do Estado.
A maconha no Uruguai aumentou a violência?
86.207 pessoas consumidoras de cannabis se registraram no sistema do governo para ter acesso legal, causando um rombo nos cofres das facções.
Portanto, em um país com 3,5 milhões de habitantes, 2,5% da população parou de consumir o produto oferecido por criminosos, levando o dinheiro aos cofres públicos através de impostos.
Todo esse dinheiro definitivamente faz falta, então os grupos de narcotraficantes passaram a lutar mais entre si, em disputa de território.
No entanto o risco agora atinge uma parcela menor da população civil.
Segundo a empresária Uruguaia Mercedes Ponce de León, em entrevista ao O Globo, ainda assim as alterações de lei tiveram um impacto maior no combate ao comércio ilegal do que a repressão policial.
Quem pode plantar maconha no Uruguai?
Quando decidiram se movimentar politicamente para resolver a questão sobre a maconha no Uruguai, os políticos adotaram uma medida que restringe a possibilidade de plantações a 3 casos.
Apenas o governo e pequenas associações podem ter um número maior de plantas, enquanto usuários tem direito a um pequeno jardim.
7 a cada 10 pessoas compram maconha nas farmácias.
17% dos usuários fizeram registro para o cultivo em casa.
12% estão ligados à clubes de produtores, medicinais ou de uso adulto.
Existe o argumento de que não há comparação quando colocamos os números do Uruguai diante de um país como o Brasil.
Mas também é preciso observar que medidas parecidas estão se espalhando pelo mundo e já alcançaram todos os continentes.
Recentemente a Europa ganhou um novo nome na lista de países que legalizaram: Alemanha.