Cannabis no início da gravidez não afeta desenvolvimento infantil

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Um estudo realizado nos EUA aponta que o uso de Cannabis no início da gravidez não está associado a atrasos no desenvolvimento infantil, como dificuldades na fala, atraso motor e outros problemas.

Pesquisadores acompanharam 119.976 crianças até os cinco anos e meio, indicando que a exposição à Cannabis no início da gestação pode não afetar essas habilidades.

O estudo usou dados de autodeclaração e exames de urina para identificar o uso de Cannabis entre gestantes nas primeiras semanas de gravidez, entre oito e dez semanas.

A exposição foi classificada em nenhuma, mensal, semanal, diária ou frequência desconhecida.

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Cannabis na gravidez e o desenvolvimento infantil

O desenvolvimento das crianças foi avaliado com base em critérios médicos e de saúde, incluindo atrasos na linguagem, habilidades motoras e problemas de desenvolvimento em geral.

Para garantir a precisão, os pesquisadores consideraram fatores como idade materna, etnia, escolaridade e o uso de outras substâncias, como álcool e tabaco.

Além disso, os pesquisadores realizaram análises extras, utilizando apenas autodeclarações ou exames de toxicologia, o que fortaleceu a consistência dos resultados.

O estudo, publicado no renomado JAMA Network, não encontrou associação entre o uso materno de Cannabis e atrasos no desenvolvimento infantil.

Mesmo após ajustes, os resultados indicam que o uso moderado de Cannabis nas primeiras semanas de gravidez pode não afetar o desenvolvimento inicial da criança.

Contudo, os autores do estudo alertam que, apesar desses achados, outras pesquisas sugerem potenciais riscos neonatais e impactos adversos do uso da substância em diferentes áreas da saúde.

A orientação médica, portanto, ainda recomenda evitar o uso de Cannabis na gravidez para minimizar qualquer risco ao bebê.

Esses achados oferecem um respaldo importante para gestantes que buscam informações sobre o tema. Ainda assim, especialistas continuam a desaconselhar o uso de Cannabis durante a gravidez.

A ausência de associação com atrasos no desenvolvimento não exclui a possibilidade de outros efeitos adversos, como complicações neonatais e riscos a longo prazo na saúde infantil.

Apesar dos resultados animadores, o estudo possui limitações. Por outro lado, baseou os dados em uma única coleta inicial, o que pode não refletir o uso ao longo de toda a gravidez.

Além disso, o estudo não detalhou informações sobre a potência da Cannabis ou o método de consumo, fatores que podem influenciar os resultados.

Outro ponto é que o estudo se concentrou na Califórnia, limitando a aplicação dos achados a outras populações.

Em resumo, o estudo traz novos dados sobre o uso de Cannabis na gestação, mas reforça a importância de cautela e orientação médica.

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