Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) conduziram um estudo pioneiro que demonstra a maior eficácia do canabidiol (CBD) no tratamento de usuários de crack em comparação com medicamentos convencionais.
Conforme a pesquisa publicada na revista científica International Journal Mental Health and Addiction, estudo abre caminho para novas abordagens terapêuticas contra a dependência da droga.
O estudo envolveu 73 participantes, divididos aleatoriamente em dois grupos:
Grupo Controle: Recebeu medicamentos convencionais para dependência de crack e um óleo placebo.
Grupo CBD: Recebeu óleo de CBD e três comprimidos placebo.
Para garantir a imparcialidade dos resultados, o estudo foi realizado em formato duplo-cego, onde nem os participantes nem os profissionais sabiam qual tratamento cada um recebia.
A pesquisadora Andrea Galassi, da UnB, destaca que o estudo incluiu participantes de diversas classes sociais.
Os resultados revelaram que o CBD promove o alívio de sintomas como: Falta de apetite, dificuldade em reduzir o uso de crack e sensação de saúde debilitada.
O grupo que recebeu CBD inegavelmente apresentou maior redução no consumo da droga e menos efeitos colaterais em comparação ao grupo controle.
Vale ressaltar que os efeitos colaterais dos medicamentos tradicionais podem ser mais intensos em pessoas com dependência de crack.
Este estudo pioneiro da UnB representa um marco importante na busca por tratamentos mais eficazes e menos nocivos para a dependência de crack.
Abre-se uma nova perspectiva para o futuro da saúde mental e da qualidade de vida de milhares de pessoas que lutam contra essa adição.
São Paulo iniciará a utilização do canabidiol no SUS em maio e não há previsão para uso de CBD no tratamento de usuários de crack.
O foco inicial do Estado será sobretudo em pacientes com condições de saúde raras.