A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) está buscando voluntários com Alzheimer para tratamento com cannabis para estudo.
O estudo será feito em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e envolverá 65 pacientes portadores de Alzheimer em estágio leve ou moderado.
Os participantes receberão cannabis ou placebo e serão avaliados mensalmente durante seis meses.
A pesquisa será realizada no campus da Unila, em Foz do Iguaçu, onde os pacientes deverão comparecer para as avaliações mensais.
Os participantes do estudo não serão remunerados e devem ter disponibilidade para se locomover até o local.
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas.
Hoje, apesar de existirem tratamentos aprovados que ajudam a controlar os sintomas, os medicamentos causam efeitos colaterais significativos.
Atualmente não existe terapia que cure o Alzheimer.
Mais estudos investigam o potencial terapêutico da cannabis por suas propriedades medicinais, como atividade neuroprotetora e anti-inflamatória.
Estudos sobre Alzheimer e o tratamento com cannabis
Conforme uma pesquisa da Universidade Farmacêutica da China, o CBD melhora os déficits cognitivos e neutraliza os biomarcadores do Alzheimer.
A doença é caracterizada pela formação de placas senis no cérebro, que bloqueiam a comunicação entre neurônios e ativam células do sistema imune.
O que causa inflamação e neurodegeneração em pessoas com esta condição.
Os resultados deste estudo revelaram, afinal, que o CBD reduziu a ativação das células imunes no cérebro e diminuiu a inflamação neurogênica.
Essas descobertas destacam que a cannabis tem potencial terapêutico no tratamento do Alzheimer.
Em suma, abrem uma nova perspectiva para desenvolver tratamentos mais eficazes contra o Alzheimer.
Anteriormente a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), constatou que a cannabis pode ajudar no tratamento de doenças neurodegenerativas.
Eles descobriram que a cannabis pode ajudar a tratar doenças do cérebro, ajudando as células a se multiplicarem e se moverem para os lugares certos.
Essas células, chamadas de oligodendrócitos, são importantes porque fazem uma capa protetora nos neurônios do nosso cérebro.
Diversos estados brasileiros já contam com tratamentos à base de cannabis no SUS, como é o caso de Porto Alegre.