Nesta terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento da descriminalização do porte de maconha. O ministro Dias Toffoli paralisou o julgamento após seu voto e, até agora, nove ministros do STF já votaram.
O relator Gilmar Mendes foi quem defendeu a descriminalização para usuários. Seu voto favorável já conta com o apoio de Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Rosa Weber.
Gilmar Mendes argumentou que a criminalização desrespeita a decisão pessoal de arriscar a própria saúde que, para ele, é um direito individual.
Alexandre de Moraes sugeriu que usuário seja quem porta até 60 gramas de maconha ou cultive seis pés da planta fêmea. A maioria dos ministros concordam com essa proposta.
Cristiano Zanin discordou de Mendes e afirmou que a descriminalização do porte de drogas traz problemas jurídicos, uma vez que pode piorar o atual combate às drogas.
Zanin defendeu que o limite para ser considerado usuário deve ser 25 gramas ou seis plantas fêmeas. Do mesmo modo, André Mendonça e Kassio Nunes Marques apoiaram essa divergência.
Julgamento da descriminalização da maconha está chegando ao fim
Toffoli votou pela constitucionalidade do dispositivo questionado, destacando que a lei atual não penaliza usuários, por outro lado, afirmou que tratar o usuário como delinquente não é política pública adequada.
Faltam ainda os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia e apenas um voto é necessário para a maioria a favor da descriminalização.
Flávio Dino não participa do julgamento, afinal ele substituiu Rosa Weber, que já votou. A expectativa para a decisão final é alta.
Enquanto isso, a maconha medicinal bate recorde de vendas no Brasil e uma nova lei de fomentação de pesquisas pode alavancar os estudos sobre cannabis no país.
A luta continua.