Em dezembro de 2024 a legalização da maconha no Uruguai completará 11 anos, e os fatos, portanto, desmentem as fantasias e ilações da extrema direita contra a descriminalização das drogas.
O país implementou um sistema fortemente regulado, afastando-se do “liberou geral” que seus opositores tanto pregavam.
Atualmente, 37 farmácias registradas no Uruguai vendem maconha, com acesso restrito a maiores de idade, cidadãos e residentes do país.
O autocultivo e os clubes canábicos também são opções legalizadas no país.
Ao contrário do que a extrema direita defendia, a legalização não “ameaçou a juventude”. Os usuários frequentes da maconha legalizada são adultos com mais de 40 anos.
Isso sem falar sobre o consumo entre adolescentes, que não apresentou aumento. A idade média de início do consumo subiu de 18,3 para 20,1 anos.
E a legalização da maconha na Alemanha?
Inegavelmente os alemães esperavam ansiosos por isso. Com a entrada da lei centenas de pessoas celebraram no Portão de Brandemburgo, em Berlim.
Existe benefício na legalização?
A descriminalização da maconha não gerou os problemas previstos pela extrema direita. O Uruguai demonstra que a regulamentação é possível e pode trazer benefícios. Aperfeiçoar o sistema para reduzir o mercado ilegal e proteger os mais vulneráveis é o próximo passo.
Agora é torcer para que o mesmo ocorra no Brasil.