Maconha pode matar mosquito da dengue

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Um novo estudo revelou que o canabidiol (CBD), composto ativo das plantas de maconha, pode ser uma alternativa eficaz para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti, o mosquito da dengue.

Este mosquito é o principal vetor de doenças como dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

Os resultados da pesquisa, publicada na revista científica Insects, indicam que as folhas de cânhamo, uma variação da Cannabis sativa, demonstraram 100% de eficácia na eliminação das larvas em apenas 48 horas.

O aumento da resistência dos mosquitos aos inseticidas sintéticos levou os cientistas a buscar soluções naturais.

Neste contexto, o cânhamo, que não possui altos níveis de THC — o composto psicoativo da maconha — surgiu como uma opção promissora para o desenvolvimento de larvicidas.

Mesmo as larvas que haviam se mostrado resistentes a pesticidas tradicionais sucumbiram ao extrato de cânhamo, sugerindo uma nova abordagem para o controle desses vetores.

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Como a maconha age no mosquito da dengue?

A pesquisa utilizou uma variedade específica da planta chamada Tango Kush, cultivada em estufa durante sete meses.

Conduziram os testes em laboratório, utilizando duas cepas de larvas do mosquito: uma suscetível e outra resistente a inseticidas.

Após a aplicação dos extratos, observaram a mortalidade das larvas em placas, com 100% de eficácia em ambas as cepas dentro de 48 horas.

Além disso, o CBD, presente no cânhamo e na maconha, desempenha o papel de principal composto responsável pela mortalidade das larvas.

Consequentemente, ele se destaca como um elemento chave no combate a essas pragas.

Isso abre caminho para novas investigações sobre o uso do cânhamo como base para biopesticidas mais sustentáveis.

Estudos adicionais avaliarão outras variedades de cânhamo e seus efeitos, ajudando a definir as cepas mais adequadas para produzir produtos eficazes no combate ao mosquito.

O controle do Aedes aegypti é urgente, especialmente considerando o número crescente de casos de dengue no Brasil.

Entre janeiro e setembro de 2024, registraram mais de 6,5 milhões de casos prováveis e confirmaram mais de cinco mil mortes.

Diante desse cenário, alternativas como o uso do cânhamo podem representar um avanço significativo na luta contra essas doenças.

Para a população, o Ministério da Saúde reforça a importância de eliminar focos de água parada, que são potenciais criadouros do mosquito, e buscar novas formas de controle, como o uso de larvicidas naturais.

Temos um artigo completinho falando sobre fumar maconha e estar com dengue, dê uma lida.

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