Pedidos para plantar maconha aumentam 4.100%

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Segundo o Superior Tribunal de Justiça, houve um um aumento de 4.100% nos pedidos de habeas corpus para plantar maconha em casa.

O cultivo medicinal de cannabis no Brasil experimentou um crescimento exponencial entre 2018 e maio de 2024.

Esse crescimento reflete uma mudança na percepção da cannabis como alternativa terapêutica no país, especialmente para aqueles que necessitam do cultivo para fins médicos.

Em 2018, o STJ recebeu apenas dois pedidos de brasileiros buscando autorização para plantar cannabis em suas residências.

No entanto, em 2024, esse número disparou para 82, demonstrando a crescente demanda por alternativas de tratamento com base na planta da maconha.

As decisões do STJ para esses pacientes deixam claro que o cultivo doméstico não visa à produção de entorpecentes, mas sim medicinal.

Tudo é respaldado por prescrição médica e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação de canabidiol.

Desde 2015, a Anvisa permite a importação de produtos derivados da cannabis, como óleos, pomadas e extratos, que são amplamente utilizados por pacientes no Brasil.

Quem quer plantar maconha em casa no Brasil?

plantar maconha
De acordo com dados de associações de pacientes, atualmente cerca de 86.776 pessoas fazem uso de cannabis medicinal no país.

Esses números destacam a importância crescente da cannabis no tratamento de uma variedade de condições médicas, oferecendo uma nova esperança para muitos pacientes que encontram nos derivados da planta uma melhora significativa em sua qualidade de vida.

Apesar dos avanços, ainda existem restrições que limitam o acesso pleno ao tratamento. A importação de partes da planta in natura continua proibida, o que impõe desafios para aqueles que desejam utilizar a planta em sua forma mais natural.

Mesmo assim, o aumento expressivo nos pedidos de habeas corpus indica uma tendência de maior aceitação e busca por alternativas de tratamento baseadas na cannabis.

Nos próximos anos, o debate sobre o uso medicinal da planta continuará a evoluir, possivelmente resultando em políticas mais acessíveis e inclusivas para os pacientes brasileiros.

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